SOBRE
ESTA EDIÇÃO
A
presente edição que agora chega às mãos
do leitor, muito mais que fruto do emprenho editorial do Departamento
de Comunicação, vem fechar, com chave de ouro, o ciclo
de acontecimentos que celebram os 30 anos de existência do Curso
de Comunicação Social da Universidade Federal do Maranhão.
E nada poderia ser mais apropriado. A universidade é, por excelência,
o centro de formação dos nossos melhores cérebros,
e a publicação científica é o resultado
de um conjunto complexo, e extenso, de esforços que visam garantir
a qualidade da educação superior.
Para
ninguém deve ser estranha a convicção de que
uma universidade que não produz cientificamente não
consegue provar a razão de sua existência. Quer isto
dizer: não basta entregar contingentes humanos ao mercado de
trabalho, é necessário implementar a mentalidade científica,
pó-la em exercício contínuo, exigir dela resultados
frutíferos. Esse é o maior e mais angustiante dilema
enfrentado pelas universidades periféricas, o seu calcanhar
de Aquiles. Mudar esse quadro exigirá esforços gigantescos.
Mas certamente entre tais medidas estará a atenção
redobrada à publicação científica.
Por
tais razões, sentimo-nos felizes e gratificados, ao mesmo tempo,
por dar a público mais um número da Cambiassu, num momento
tão auspicioso quanto esse. Este número da Revista Cambiassu
está dividido em dois blocos temáticos: o primeiro toma
como centro de seu interesse o discurso. O segundo, a imagem. Como
não poderia deixar de ser, os temas foram diferentemente explorados,
conforme os vieses e estratégias estabelecidas por cada autor.
Esta
edição abre com o artigo de Mayra Rodrigues Gomes, Discorrer,
disciplinar, que rediscute o poder fundamental educativo das palavras,
ao empreender um exercício de aplicação dos conceitos
palavra de ordem e dispositivo disciplinar, criados por Deleuze e
Foucault. Rosana de Lima Soares analisa as estratégias e perspectivas
do Governo brasileiro e as tendências da opinião pública
discutida em jornais e TVs sobre a Aids. Francisco das Chagas Frazão
explora, em A imagem televisual, as peculiaridades da imagem televisiva,
tanto em seus limites técnico-representacionais como em algumas
de suas potencialidades estéticas. O artigo de Joanita Mota
de Ataíde, A república e o jornalismo, deixa as claras
os vínculos entre a atividade jornalística e o Estado
republicano moderno. E, fechando esta edição, Marcos
Fábio Belo Matos traça um panorama do percurso da chega
do cinematógrafo em terras tupiniquins até sua primeira
exibição em São Luís, no artigo De Paris
a São Luís: o percurso do cinema.
Silvano
Alves Bezerra da Silva e Protásio César dos Santos
EDITORES
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NESTA
EDIÇÃO
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Discorrer, disciplinar
- Mayra Rodrigues Gomes
*
Aids, feminino plural: trajetos de uma epidemia
- Rosana de Lima Soares
*
A imagem televisual
- Francisco das Chagas Frazão Costa Filho
*
A República e o jornalismo: as origens do jornalismo e a busca
de um elo com o sistema político republicano
- Joanita Mota de Ataíde
*
De Paris a São Luís: o percurso do cinema
- Marcos Fábio Belo Matos
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Para ter acesso a esta e outras edições impressas da
Revista Cambiassu, consulte a Hemeroteca do Curso de Comunicação
Social ou a Biblioteca Central da UFMA.